quarta-feira, 6 de junho de 2007

Lilás Postes Mórbidos












No tempo em que o projecto "Lilás Postes Mórbidos" se iniciou, era o auge da adolescência, todos estavamos vincados em curtir ao máximo. No local de ensaio, "Oficina", era ponto de encontro de amigos, desconhecidos (conhecidos de alguém mas não nós - por exemplo da Alemanha, França, EUA, Etc...) admiradores, fãs e por vezes a GNR, a pedido dos vizinhos, que nos ião pedir por favor para que o bombo parasse.
As suas tendências musicais eram as mais diversas, "Virgin Prunes", "The Chameleons", "The Fall", mas as gravações eram feitas em cassete áudio, ainda em directo e num gravador de gira-discos - para quem se lembra - que era uma mala, muito interessante mas as gravações eram de facto muito más e a sua qualidade era péssima.
Foram momentos tão fantásticos, que falar deles levam-me a emoções fortes e controversas - boas e más. Os músicos eram de facto maus, mas extraiam muito sentimento dos seus instrumentos.
Ao Manuel Pinto, Pedro Pinto, J.L. Pinto, obrigado.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Ser Português é mau?

Sempre que opinei sobre este assunto, existem centenas de vozes discordantes assemelhando-se a uma tendência sobre a inércia de ser Português...
Acredito que temos excelentes músicos, bailarinos, pintores, poetas, escultores, cientistas, cantores, arquitectos, estilistas, médicos, ... mas os que mais me indigna é olhar-mos para tudo isto como sendo Português... não é esse o facto mau, mas sim a orientação, a conotação e o enfoque que se dá a essa realidade.
Vejamos que as nossas rádios nacionais, as que têm maior nº de ouvintes, passam residualmente música Portuguesa nas suas Playlists e que os centros comerciais, templos do povo com orientações a passeio em recintos fechados e consumo, pouco ajudam e que por tendência compramos e dá-mos valor a tudo que nos é feito chegar pelas poderosas máquinas de Marketing das multinacionais, que fecham a torneira às rádios que não passem os seus músicos. Apraz-me salientar que assim não é difícil, até porque nós Portugueses mantemos a mania de que; tudo que vem de fora é bom. Pois nessa cripta de poder não deverá ser complicado governar.
Agora, apesar de não ser espectador, as novelas e séries Portuguesas, algumas, têm apostado e BEM em alguma da música que se vai criando por cá. A todos esses os meus sinceros parabéns, já que o pouco que têm feito traduz-se em muito que se poderá fazer. Tenho que dizer que muitos actores e músicos já conseguem algum trabalho de continuidade com essas novas produções.
Mas, a lei é permissiva e continuamente avassaladora para os nossos artistas, não apoia, o suficiente, nem se esforça por planear um futuro mais sustentado dos nossos valores mais jovens. Se tivermos a capacidade de mudar de canal, e agora com a televisão por cabo é extremamente fácil, sentimos que em todos os países mais desenvolvidos o produto nacional tem uma grande importância para os mesmos, por exemplo, em Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, USA, ... e nós estamos à espera de quê? se tivermos que ouvir mais música feita por Portugueses porque não? Temos valores cada vez mais seguros e profissionais e não lhes dá-mos o crédito merecido, Os "The Gift", "Blasted Mechanism", "Blind Zero", "Da Waesel", "paupolino sacrilégio", "Terrakota", entre muitos outros (desculpem se apenas citei alguns nomes é que poderia escrever um texto cheio de valores sem me cansar ou sem hesitar, ...).
Acordem vós que dominais a imprensa, os audiovisuais, o ensino, as odes políticas, .... acreditem que temos que nos afirmar entre nós. Todos os Portugueses têm um peso e uma responsabilidade acrescida na continuidade da nossa identidade, costumes e valores, mas também na modernização da nossa comunicação e do nosso pioneirismo. Nós também sabemos ser originais, ... auto suficientes e astutos, ... só temos que acreditar!!!

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Criar é projectar e diferenciar





A originalidade é só por si um risco mas também um prazer absoluto. Criar é emanar de si tudo o que de bom e de mau se esvai das nossas características, tão intrínsecas e pluridisciplinares. Aliar técnicas e aplicá-las na onda musical do momento é assim deixar de reagir e apenas se robotizar num fio condutor geral, mais popular e fiel a um possível sucesso global. O sucesso é de facto um forte aliado mais às massas do que aos nichos de mercado, no entanto continuo a preferi-los. Mais próximos e mais interessados, os verdadeiros fãs e apoiantes de sempre, lutam pelo amor à causa da verdadeira ligação à razão de cada trecho musical, poema ou à mensagem de inclusão. Ser criativo e não ser reconhecido, quer monetariamente quer socialmente, é negar um futuro diferenciado e inovador. Quem cria tem um factor sentimental brutal atribuído às suas coisas, a tudo o que o rodeia e principalmente uma ansiedade desmedida de reconhecimento, por vezes nunca alcançado. Apenas deveremos salutar o esforço de quem continua a remar contra a maré.

Lembranças de velhos e tempos recentes






























Na primeira foto pode-se visualizar os "Dr. Faustus & Paupolino Sacrilégio", numa das suas muitas fotos...de seguida uma foto para a agência "P&P" e "Models Inc.", na última foto na bateria um concerto dos "Mare", Na feira Nacional da música Portuguesa na Lousã, em 2006.
Mudam-se os tempos mantêm-se as prioridades e os gostos... música, fotografia, video/cinema...

quarta-feira, 4 de abril de 2007