quinta-feira, 5 de abril de 2007

Criar é projectar e diferenciar





A originalidade é só por si um risco mas também um prazer absoluto. Criar é emanar de si tudo o que de bom e de mau se esvai das nossas características, tão intrínsecas e pluridisciplinares. Aliar técnicas e aplicá-las na onda musical do momento é assim deixar de reagir e apenas se robotizar num fio condutor geral, mais popular e fiel a um possível sucesso global. O sucesso é de facto um forte aliado mais às massas do que aos nichos de mercado, no entanto continuo a preferi-los. Mais próximos e mais interessados, os verdadeiros fãs e apoiantes de sempre, lutam pelo amor à causa da verdadeira ligação à razão de cada trecho musical, poema ou à mensagem de inclusão. Ser criativo e não ser reconhecido, quer monetariamente quer socialmente, é negar um futuro diferenciado e inovador. Quem cria tem um factor sentimental brutal atribuído às suas coisas, a tudo o que o rodeia e principalmente uma ansiedade desmedida de reconhecimento, por vezes nunca alcançado. Apenas deveremos salutar o esforço de quem continua a remar contra a maré.

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